quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Filha, você não sabe dançar!

Eu estava fazendo meu balanço sobre o ano, como de costume, é sempre bom ver o que nos restou e o que nos falta. 
A gente aproveita pra na hora de pular as sete ondinhas pedir essas coisas. 
Sinceramente, nesse último ano de faculdade, o ideal seria que eu pedisse logo um estágio, sem ele sem diploma.
Se não fosse abusar, queria pedir também um amor como o da minha mãe e do meu padrasto, eles não saem do estágio paixão nunca e eu to falando de uns 15 anos de estrada. 
Ainda, porque me comportei em 2014, eu pediria saúde. 
Só que aí me deu um estalo, no meio daquela multidão pré-queima de fogos, lembrei do que me disse uma nova amiga:" Você dança desengonçada, hein ?! ".
E pior que eu danço mesmo, desde a explosão tchacabum, uma dança do verão. Sempre fui motivo de chacota entre as primas mais bundudas e com corpo de mola, muito embora isso nunca tenha me feito mal. Pudera, quando criança recusei até a oferta de entrar no ballet que minha mãe fez numa tentativa desesperada de me dizer:"Filha, você não sabe dançar!"

Eu nunca soube e esses rodeios todos são pra dizer que em 2015 desejo que não nos falte a dança, minha dança magrela, sem jeito, com palminhas e passinhos prum lado e pro outro. 

Quando fiz meu levantamento, vi que tudo de bom que me aconteceu me fez dançar. 

Quero danças suadas como as das festas que fui com meus amigos. Quero danças espontâneas como aquela depois de descobrir que estava tudo ok com o check up geral que levei ao médico. Quero dançar como dancei quando canditados que escolhi foram eleitos. Quero dançar como meus velhos dançam quando vêem o mar. Quero repetir aquele passinho quando vi que não peguei dp.
Ahhh como eu quero voltar à minha rua pra aquela dança em família na vitória contra o Chile nessa Copa em casa. 

Eu quero dança! 
Eu quero festa! 

E quero força foco e fé pra fazer caminhada todos os fins de tarde, seguir uma dieta balanceada. Além disso, prometo estudar os slides logo após as aulas e não na madrugada anterior às provas. Passar fio dental após toda e qualquer refeição e por último, prometo prometer tudo de novo ao final do ano que vem. 

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Lógica.

Seguindo a lógica, se vira gay pelo exemplo. 
Gayzice é um negócio do ar. 
Não tem cura e é perpétuo. 
Pela lógica, os setenta e poucos reais por criança na escola são capazes de sustentar pais bêbados vagabundos e pagar parcelas de apartamentos. 
Ora, vejam vocês. 
E é lógico que existe uma grande relação entre projetos que erradicam a fome com a dificuldade que as pessoas estão enfrentando para trocar de carro. 
Trocar de carro é muito mais importante, claro.
Eu não sigo essa lógica e ando sem paciência pra discutir esse tipo de coisa. 
Não dá mais pra tentar explicar o óbvio. 
Não é que o macaco não olha pro rabo, é que o macaco só olha pro rabo. E tomara que seu rabo seja branco e rico.


sexta-feira, 12 de setembro de 2014

O bom humor dos desconhecidos.

Que a vida está difícil, nós já sabemos. 
Mas que é bonita, é bonita e é bonita, tem sido preciso reforçar. 
No melhor dos mundos, eu não estaria no hospital há mais de três horas afim de resolver meus problemas. 
É senha pra ir à recepção, fila pra fazer a ficha, fila e subfila pra ser atendida, isso sem falar na maior fila de todas já enfrentada na Raposo Tavares.
Só que você há de convir comigo ... mostre-me algo melhor que te darem passagem num cruzamento e te direi quem és. Diga-me que não sorri de volta quando estranhos lhe abrem os dentes. Defenda que seu dia não fica melhor quando o vendedor é educado, ou quando o cara da biblioteca é mais simpático. 
O Prêmio Nobel hoje vai para o segurança do corredor do Pronto-Socorro, cujo trabalho é encarar doentes enfrentando todas essas filas, imagine você se ele não tem motivos de sobra para estar estressado. No entanto, não está e tudo o que fez a respeito foi levantar bem alegre e avisar aos esquentados que as senhas seriam chamadas alguma hora, se não elas, ouviríamos nosso nome, completou ainda que não deveríamos dificultar o seu trabalho, depois de pausa, alarmou ser uma brincadeira, que o gelo precisava ser quebrado - mais bom humor, por favor! 
Isso é tudo e é muito, ele, um segurança de corredor não estudou para curar ninguém, não tem culpa do nosso sistema de saúde ser tão precário, e pouco importa ele ser público ou privado, visto que essa fila, a qual espero ser a última, é no hospital do convênio que minha mãe tanto rala pra bancar. Ele é pago para fazer um controle de quem entra e sai, mas de quebra faz piada, lida bem com as pessoas, arranca risadas, principalmente, dos desdentados, entende que temos particularidades, mas que, acima de tudo, fechar a cara não vai resolver. Fechar a cara nunca pagou nossas contas, pelo contrário, só nos arrumou mais.
Aquele senhor não me tirou a "gripe", nem "desquebrou" aquele braço, mas de fila em fila, cura, no mínimo, algumas mágoas. 

O bom humor de desconhecidos devia se vender em garrafas, para casos terminais de desânimo. 

domingo, 24 de agosto de 2014

Tempo mal gasto é desperdício.

A gente consegue fazer pouquíssimas coisas com o tempo.

Tempo não se pede e, principalmente, não se implora. 
Não tem como voltar no tempo também, nem avançar nele. 
Não dá pra parar o tempo. 
Nem melhorar o tempo como numa fórmula.

Dá pra dar tempo.

Quando a gente dá ou a gente ganha ou a gente perde. 

Tempo mal gasto é desperdício. 

Tempo também vale muito, eu queria o seu, mas seria leviandade de minha parte exigir tanto.

Então por favor, das coisas que posso pedir sem lhe tirar nada, te peço que me deixe em paz, me deixe quieta. 

Você não tem tempo pra dar e eu não tenho pra perder.

Tempo é coisa demais.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Ela.

Ela é exóticamente bonita. 
Tem um tom de pele um tanto atípico e uma maneira de se portar mais ainda. 
E é por isso que eu gosto tanto dela. 
Dias desses, antes de tomar banho percebeu que as estrias estão aumentando, não lhe causou felicidades, mas já que estavam lá.
Eu gosto desse jeito sério que ela leva a vida sem espaços pra piadas de humor negro. 
Ela fala muito, mas nem sempre isso é ruim. Ela só precisa de mais espaço pra dizer o que sente, essa necessidade de externar suas opiniões a mantêm vida. 
O olhar dela também é diferente, combina com o nariz grande.
Ela não está sempre certa, mas prefere acreditar que sim. 
Ela se gosta mesmo, até quando não parece. 
Ela se veste bem e se esforça pra pagar pouco por isso.
Ela só vive perdida, porque ama seu chinelo de couro, mas não vê a hora de fazer mais calos com o salto novo. 
Ela acha que não precisa escolher uma coisa só. 
Da muito bem pra ser fã de The Vampire Diaries e discutir sobre cotas com a mesma pessoa, que no caso é ela.
Ela já puxou sua ficha.
Ela se sente por vezes magra demais, tem medo de a acharem burra, principalmente porque se esforça para não ser. 
Ela é excepcionalmente bagunceira, mais que os irmãos, também não sabe cozinhar e nem pretende aprender.
Ela se sente só, porém, apesar disso, aprendeu na marra, no decorrer deste ano, a gostar si e tentar mudar o que nem ela gosta.
Hoje ela acordou feliz pelo que é agora, se sentindo apaixonável. 
Ela sou eu e chega de achar que não dá pra gostar de mim. Só por eu gostar tanto de você. Pode apostar que dá.
É claro que eu te mereço.
A gente se merece e se gosta, não está bom? Mas ela, lembra dela? 
Essa menina reclama demais.

Ela.

Ela é exóticamente bonita. 
Tem um tom de pele um tanto atípico e uma maneira de se portar mais ainda. 
E é por isso que eu gosto tanto dela. 
Dias desses, antes de tomar banho percebeu que as estrias estão aumentando, não lhe causou felicidades, mas já que estavam lá.
Eu gosto desse jeito sério que ela leva a vida sem espaços pra piadas de humor negro. 
Ela fala muito, mas nem sempre isso é ruim. Ela só precisa de mais espaço pra dizer o que sente sempre, essa necessidade de externar suas opiniões a mantêm vida. 
O olhar dela também é diferente, combina com o nariz grande.
Ela não está sempre certa, mas prefere acreditar que sim. 
Ela se gosta mesmo, até quando não parece. 
Ela se veste bem e se esforça pra pagar pouco por isso.
Ela só vive perdida, porque ama seu chinelo de couro, mas não vê a hora de fazer mais calos com o salto novo. 
Ela acha que não precisa escolher uma coisa só. 
Da muito bem pra ser fã de The Vampire Diaries e discutir sobre cotas com a mesma pessoa, que no caso é ela.
Ela já puxou sua ficha.
Ela se sente por vezes magra demais, tem medo de a acharem burra, principalmente porque se esforça para não ser. 
Ela é excepcionalmente bagunceira, mais que os irmãos, também não sabe cozinhar e nem pretende aprender.
Ela se sente só, porém, apesar disso, aprendeu na marra, decorrer do ano, a gostar si e tentar mudar o que nem ela gosta.
Hoje ela acordou feliz pelo que é agora, se sentindo apaixonável. 
Ela sou eu e chega de achar que não dá pra gostar de mim. Só por eu gostar tanto de você. Pode apostar que dá.
É claro que eu te mereço.
A gente se merece e se gosta, não está bom? Mas ela, lembra dela? 
Essa menina reclama demais.