Já ganhei um abraço,
também um beliscão.
O último trident guardado
e uma traição.
Uma queda de bicicleta,
por sorte, um coração.
Uma cantada engraçada,
bem como, já levei um "não".
Um clube fechado,
do bar uma expulsão.
Uma calçada à toa.
Houve até pegação.
Boas gargalhadas,
traga mais uma porção.
Um suco de laranja
e um cantor sem noção.
Frio numa conveniência,
pra não passar carnaval em vão.
Um salto desnecessário,
fez no meu pé um bolhão.
Não amiga, olhe bem,
ele é muito garanhão.
Veja o cara desnorteado,
dormindo naquele chão.
Chinelo de couro acabado,
pra curtir um sambão.
Um inglês bem burlado,
pra fisgar o alemão.
Tô precisando de um carro,
já perdi meu busão.
Eu aguento o pirueiro abusado,
no cursinho, é plantão.
Perdoe-me, sou universitária,
leva meu celular não.
Pediram e ela deu o cigarro,
era o único na mão.
Vamos passar lá na "Vanda",
pra comer um dogão?
Estou cheia de novidades,
abra logo o portão.
Você aí mal-humorada,
veja lá o brincalhão.
Comer pringles no parque,
aproveitar o solzão.
E daí que está trânsito?
Ouvir uma canção.
Devaneios constantes,
dia-a-dia, superação.
Virada cultural,
escolha sua atração.
Tome uma poesia,
você é do interior, então?
Uns amigos de copo.
Veja a situação.
Dizia o muro pichado:
"De todos os "Paulos", ao menos um saiu são."
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