domingo, 31 de março de 2013

Aquela multidão numa só voz, gritando com você e não por você.
Tudo por um bom show.
Os grandes filósofos já defenderam o que hoje venho dizer.
É da natureza humana a insatisfação, e daí?
Daí que você não está satisfeito, está?
A tirar por mim que vivo reclamando de fome, depois que como preciso de um doce.
Depois do doce, deu fome de novo, mas quero algo salgado, que deve acompanhar algo doce depois e assim nunca paro de comer, que dirá esse domingo de páscoa.
E acha mesmo que porque comi estou satisfeita?
A satisfação, talvez, deva ser um dos sentimentos mais breves do planeta.
Mal chega, já se vai.
Naturalmente.
Imagine um mundo onde não se quisesse nada.
Chato não?
Mas tem se preocupado em saber o que queres?
Ora, nós podemos querer qualquer coisa.
Contudo, a quantas anda a relevância de seus almejos?
Que eficácia te trarão a longo prazo?

A: Olá, como vai?
 B: Bem, obrigada e você? 
A: Também.
B: Mas quem és? 
 A: Sou o que precisas em poucas doses.
 B: Então pretendes ficar? 
A: Só enquanto precisares.
 B: Até que eu me recupere? 
A: Até que se lembre ...
 B: De que preciso me lembrar?
 A: Tu sabes ...
 B: Então porque não ficas pra sempre? 
A: Releia a quinta linha.
 B: Já entendi, mas terás mais trabalho desta vez!

No fundo você sabe ...

Lá no fundo você sabe qual o seu maior medo, no fundo, sabe sim.
 Meses atrás estava eu infeliz num relacionamento e não acabava ele por medo.
Medo?
 De ficar sozinha.
Acontece que eu já estava sozinha.
 Agora estou até teoricamente. Sozinha mesmo.
 Não tenho mais aliança. Nem namorado. Nem ninguém.
 Só que eu nem sei se eu tinha antes.
 Estou sentindo muuuuuitas saudades da época em que na prática eu tive alguém.
 Tive?
 Sei lá.
A gente se acostuma com a nossa própria solidão.
Chega uma hora que ela é conforto.
 E cá estou, resgatando-te blog, nos meus ápices de coisa qualquer.
 Esperando por turbulações de um voo que ainda não embarquei.