segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Porque eu mudo de ideia como troco de roupa.

Não que nada tenha sido ruim, de fato.
Não, não mesmo.
Mas vamos recapitular o plano, não sei.
Mudei.
Não quero.
Gostei.
Me ligue ou não.
Responda-me, então.

Esse domingo foi meu.

domingo, 20 de outubro de 2013

Vou fazer um rodízio de ouvintes pra que eu possa não parar de falar em você e ainda ter amigos.
Eu sinto uma necessidade de contar a eles o quanto gosto de nós. 
Eles tem que saber o quanto a gente combina.
E você não é o último romântico.
Nós nem seremos um casal.
Ficamos muito bem juntos, sabemos disso.
As pessoas mal-humoradas do metrô também.

- Existe alguma parte do seu corpo que eu ainda não beijei?
- Não.

É sempre muita pretensão da minha parte.

Eu sou mesmo mal agradecida.
E seria ridículo eu dizer que foi por você que me afastei, foi por mim, foi por mim também.
A pessoas são movidas pelo egoísmo, você também tem o seu.
Depois daquele domingo pensei, pensei o tempo todo, enquanto dirigia até em casa, enquanto ia à faculdade.
E o vinho, o vinho me assustou.
Eu nunca quis que criasse expectativas e te pedi, várias vezes.
Me senti mal.
Te dei as expectativas.
Você me ouvia quando te disse ser falha?
Eu te disse.
Eu sempre te devi uma conversa, até pensei em te chamar.
Mas aí eu diria o que ?
Diria que foi mal ?
Foi mal ?!
Ora, faça-me o favor.
Nós nunca fomos de todo uma sintonia.
Você sempre esteve um passo a frente.
Eu, dois para trás.
Nós não devíamos termos beijado.
Eu não pretendia um romance.
Não estou preparada para falar sobre isso.
Só que eu precisava cuspir isso em algum lugar.
É uma confusão, é uma confusão desde aquele domingo.
E é direito seu querer me mandar tomar no cú.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

A visão de quem não estudou foi nada.

Olha, eu virei gente grande.
Gente grande dessas que dirigem, usam óculos, frequentam uma faculdade.
Depois de ter virado gente grande, tipo do nada, algumas coisas ficaram ainda mais curiosas.
Na época do colégio havia o que eu concordava e o que não. Agora, ao que tudo indica, preciso me posicionar, ou sou esquerda, ou sou direita e a respeito disso não sei muito além do fato destes termos terem surgido na Revolução Francesa.
Logo, eu não tenho respostas, são só explicações e das mais superficiais.
Ouvi meu professor de economia dizer outro dia que pra a gente defender alguma coisa precisamos ter convicção e eu não tenho.
É por isso que tenho ido a todos os debates, pra ouvir de quem estudou tudo aquilo que eles acreditam. Mesmo assim, eu sempre quis dizer, e nunca verdadeiramente disse, que os dois lados são intolerantes, só que prefiro a intolerância esquerdista.
A produtora do documentário ("O golpe de 64 contra o Brasil ", que aliás eu recomendo) exibido essa semana na faculdade falou: "esses termos, direita e esquerda, não devem ser relacionados a quem está no poder e quem não, mas sim nos valores pregados por cada um ..."
A minha posição ainda não existe e pode nunca existir, só que até agora a esquerda está mais bonita mesmo, ouvi dizer que ela busca melhorar as condições de quem produz os excedentes e não de quem se apropria deles, ouvi dizer que ela escuta mais o pobre, a mulher, o homossexual, o negro, o branco, o azul, o cor de rosa e o verde-água. Parece que ela presa pela igualdade e não pelo socialismo, como tanta gente ainda mais ignorante que eu costuma gritar por aí.
Então entenda, se a direita acredita que as coisas devem ficar como estão porque estão boas assim, mesmo sem estudar muito, não sei se quero ficar do lado deles, não faz sentido não querer mudar as coisas, ainda que se corra o risco delas mudarem para pior.

P.S.: Me desculpe se te fiz ler muita groselha, mas não quis terminar um doutorado para poder dizer o que penso.