sexta-feira, 11 de outubro de 2013

A visão de quem não estudou foi nada.

Olha, eu virei gente grande.
Gente grande dessas que dirigem, usam óculos, frequentam uma faculdade.
Depois de ter virado gente grande, tipo do nada, algumas coisas ficaram ainda mais curiosas.
Na época do colégio havia o que eu concordava e o que não. Agora, ao que tudo indica, preciso me posicionar, ou sou esquerda, ou sou direita e a respeito disso não sei muito além do fato destes termos terem surgido na Revolução Francesa.
Logo, eu não tenho respostas, são só explicações e das mais superficiais.
Ouvi meu professor de economia dizer outro dia que pra a gente defender alguma coisa precisamos ter convicção e eu não tenho.
É por isso que tenho ido a todos os debates, pra ouvir de quem estudou tudo aquilo que eles acreditam. Mesmo assim, eu sempre quis dizer, e nunca verdadeiramente disse, que os dois lados são intolerantes, só que prefiro a intolerância esquerdista.
A produtora do documentário ("O golpe de 64 contra o Brasil ", que aliás eu recomendo) exibido essa semana na faculdade falou: "esses termos, direita e esquerda, não devem ser relacionados a quem está no poder e quem não, mas sim nos valores pregados por cada um ..."
A minha posição ainda não existe e pode nunca existir, só que até agora a esquerda está mais bonita mesmo, ouvi dizer que ela busca melhorar as condições de quem produz os excedentes e não de quem se apropria deles, ouvi dizer que ela escuta mais o pobre, a mulher, o homossexual, o negro, o branco, o azul, o cor de rosa e o verde-água. Parece que ela presa pela igualdade e não pelo socialismo, como tanta gente ainda mais ignorante que eu costuma gritar por aí.
Então entenda, se a direita acredita que as coisas devem ficar como estão porque estão boas assim, mesmo sem estudar muito, não sei se quero ficar do lado deles, não faz sentido não querer mudar as coisas, ainda que se corra o risco delas mudarem para pior.

P.S.: Me desculpe se te fiz ler muita groselha, mas não quis terminar um doutorado para poder dizer o que penso.

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