sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Esqueça o que eu falei

Eu tenho cordas, todos nós.

Dinheiro. O que é que a gente faz com dinheiro? A gente gasta, mais gasta que ganha. Na aula de gestão financeira fiquei meio sei lá, me parece que meu trabalho pode ser fazer o dinheiro dos outros sobrar no fim do mês e se ele multiplicar, melhor ainda, preciso aprimorar minhas competências. Só que a questão não é essa, a questão é que fui crucificada pelas tias e minha avó e sabe lá mais quem tomou conhecimento do preço do celular que acabo de comprar/ganhar da minha mãe. O que eu acho é que se dá pra ser feito, ainda que parcelado, como a única viagem internacional que fizemos na vida, faça. Quanto valem seus prazeres e boas memórias? Aquele lá me custou um ano sem trocar de tênis e valeu incontáveis arrepios, enquanto via tantos prédios e os fogos de artifício e aquele mar extraordinariamente azul. Tem dias que o meu preço é a passagem do ônibus pra São Roque, onde fica a Brasital (vamos todos mardar um beijo pra ela), em outros uma coxinha na padaria, uma coca gelada, bônus para ligações de vivo para vivo, um ticket do metrô e do cinema e da peça em cartaz. Tem dias que eles, os prazeres, não valem nada, além da força que juntei pra me levantar do sofá e ir visitar os amigos vizinhos. Eu acho mesmo que precisamos guardar dinheiro, não gastar em bobagens, mas enquanto não tenho a quem sustentar, gastarei com as bobagens que me fizerem bem, ou fizerem bem aos meus bens e digo mais, me julguem, principalmente pra que eu tenha direito de julgar vocês, eu não concordo com tudo também, não vejo graça em tanta coisa. Só que gente trabalha demais, se estressa demais, mas sonha muito também. Meu sonho de hoje foi uma garrafa d'água, me custaram dois reais lá na barrafunda. Meus sonhos de ontem foram não pagar a mensalidade da faculdade, dirigir pra algum lugar sozinha e saber fazer arroz. Os de amanhã talvez sejam encontrar um amor, a receita do dogão da vanda e saúde, pra continuar trabalhando e ralando muito, pra gastar com essas bobagens que me fazem bem e/ou aos meus bens. Pare de dizer que dinheiro não traz felicidade, esse texto não é bem sobre o meu celular novo, era pra ser sobre essa hipocrisia gerada em torno dele. Uma grande amiga me disse esses dias que não deixamos de ser marionetes por reconhecermos nossas cordas e esse é já é um bom caminho. 
Já encontrou as suas?

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

My mind is playing tricks with me, my dear.

Companheiro de guerra

Olhe, blogspot, você não anda em suas melhores condições, mas é bom saber que está por perto. Eu não abri conta aqui pra treinar ser uma grande escritora, por mais que eu goste, goste muito das artes dessa vida devo admitir que eu não sou nada demais, não canto muito bem, péssima com esportes e entre tantas coisas em que sou parcialmente ruim não escrevo também, sejamos francos. Nos meus melhores dias me vejo professora universitária, nisso eu sei que até posso ser boa mesmo. Nas outras coisas eu ando falhando. E a culpa é de quem? Há sempre alguma culpa, em dias ruins fico com ela só pra mim, nos bons dias saio dividindo com os outros e então o clima tem culpa, os astros, os meus professores e chefes, meu ônibus e um monte de coisas que hora são e hora não são minhas. Você não é meu, provavelmente nem vire meu, talvez nem possa ser meu, nem deva, te peguei emprestado, não sei se está bom assim pra você, ficar com a parte chata de lidar com minhas crises e estar ao meu dispor se preciso, você não ganha nada em troca, nunca. A vida é exatamente isso, uma troca. Nós trocamos tempo por dinheiro, tempo por diploma, tempo por atenção. Talvez, por mais que eu precise de você, seja a hora de excluir minha conta, não é só muita pretensão da minha parte, é egoísmo também. Nós não somos só bons amigos, somos só amigos acima de tudo, das outras coisas. E eu te amo, amo mesmo, dum jeito estranho. Estou um tanto cansada de tentar ser gente grande, é que eu só acho que não aguento. Não vou pedir desculpas, vou fazer de novo, isso é o que me dói as vezes, em você ... Não sei se o tempo todo. Vou ver se durmo.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Sem teatro VII

Eu estou triste e parece que eu estou gostando disso, dessa coisa ruim que é estar triste.
Eu fico remoendo tudo o que vivemos nessa curta história de verão e isso tem atacado meu corpo, então eu fico fraca, sinto dores no estomago e nenhuma vontade de comer.
Eu que não ouse pensar em você depois que meu prato está feito.
Você tem estragado meus restaurantes prediletos.
Não posso ver um carro igual ao seu na rua, você sabia que são vários?
Eu devo estar doente, mas você não me manda mais ir ao médico.
Nem me dá boa noite todos os dias, não sou mais sua princesa e ninguém me dará a mão, sabe-se lá por quanto tempo.
Eu pensei que tinha dado sorte, tenho pensado sempre que dei sorte, mas é só azar.
Um azar atrás do outro.
Eu só tenho pensado bobagens.
Preciso voltar a estudar e trabalhar, meu lugar predileto tem sido minha cama, onde sinto todas essas dores horríveis.
Tenho plena consciência de que você não entende as proporções.
Viver tá virando coisa de peixe grande.
Por que você me tirou de minha armadura?
Eu estava me virando.
Se não pretendia ficar, não deveria ter vindo.
As especulações tem me devastado.
Pode ser que quando eu levantar daqui tudo isso passe, mas eu acho que não.

Por que?

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Navegar é preciso, viver não é preciso.


Obrigada por constatar, consagrado poeta, se você não me diz ... que de mim seria?
Fique sabendo o senhor que isso é uma grande merda.
Se viver fosse preciso eu me casaria por volta dos trinta e teria dois filhos, um menino e uma menina.
Se viver fosse preciso eu me formaria aos 20 nessa faculdade e aos 21 estaria cursando economia.
Se viver fosse preciso eu conheceria os amores da minha vida toda vez que eu precisasse de um.
Se viver fosse preciso seria só sexo e pronto.
Se viver fosse preciso meu cabelo cresceria mais rápido e acabaria com essa angústia que me cerca há uns 3 anos ou mais.
Se viver fosse preciso eu saberia a hora certa de parar, em tudo. Parar de beber, parar de gostar e de gastar, de confiar, de sair, parar de brincar, de falar, de chorar também e de reclamar.
Se viver fosse preciso eu também seria  fotógrafa e modelo e escritora e economista e professora.
Se viver fosse preciso, navegar pra que?
O senhor não já sabe o que eu quero ?
Eu quero viver solitária cheia de graduações e constituir uma família.
Um namorado e também ir à festas open bar da facul com a galera nice.
Quero fazer um intercâmbio, ser mochileira, ter um apartamento, uma casa grande e com varanda, porque eu gosto do interior e da cidade grande.
Quero calmaria e tempestade.
Por que que viver não é preciso ?
Com essa vidinha que eu tenho, com essa única, vou conseguir navegar tudo isso?
É justo, poeta ?
O senhor acha?
Nem uma pitada de precisão pra facilitar meus precisos?

Não?
Então tá, é melhor eu ir dormir, já estou há bastante tempo na internet e você é cabeça dura demais.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Tirando o blush.

Oi, blog!
Cá estou de novo.
Não estou em crise, como era de se suspeitar.
Estou bem e não vou precisar reafirmar isso.
Vamos aos fatos, lá se foi outro relacionamento.
Esse foi instantâneo.
Na verdade eles tem sido.
Não sei muito bem se eu gostava dele ou do que me fazia.
Ou se gostava mesmo de alguma coisa.
Eu sei do que não gosto e do que quero também.
Eu não gosto de entrar para as estatísticas do comum, do igual a todo mundo.
E quero que as pessoas saibam o que eu penso e como vejo as coisas.
Esse moço não teve tempo de saber disso.
Eu também não tive.


O que me dava dor de estômago aquela madrugada foi saber que falhei.
Ninguém gosta de falhar e eu tenho falhado tantas vezes.


O blush é o que me ajuda a enganar os outros, mas já o tirei por hoje.