quarta-feira, 29 de outubro de 2014

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Lógica.

Seguindo a lógica, se vira gay pelo exemplo. 
Gayzice é um negócio do ar. 
Não tem cura e é perpétuo. 
Pela lógica, os setenta e poucos reais por criança na escola são capazes de sustentar pais bêbados vagabundos e pagar parcelas de apartamentos. 
Ora, vejam vocês. 
E é lógico que existe uma grande relação entre projetos que erradicam a fome com a dificuldade que as pessoas estão enfrentando para trocar de carro. 
Trocar de carro é muito mais importante, claro.
Eu não sigo essa lógica e ando sem paciência pra discutir esse tipo de coisa. 
Não dá mais pra tentar explicar o óbvio. 
Não é que o macaco não olha pro rabo, é que o macaco só olha pro rabo. E tomara que seu rabo seja branco e rico.


sexta-feira, 12 de setembro de 2014

O bom humor dos desconhecidos.

Que a vida está difícil, nós já sabemos. 
Mas que é bonita, é bonita e é bonita, tem sido preciso reforçar. 
No melhor dos mundos, eu não estaria no hospital há mais de três horas afim de resolver meus problemas. 
É senha pra ir à recepção, fila pra fazer a ficha, fila e subfila pra ser atendida, isso sem falar na maior fila de todas já enfrentada na Raposo Tavares.
Só que você há de convir comigo ... mostre-me algo melhor que te darem passagem num cruzamento e te direi quem és. Diga-me que não sorri de volta quando estranhos lhe abrem os dentes. Defenda que seu dia não fica melhor quando o vendedor é educado, ou quando o cara da biblioteca é mais simpático. 
O Prêmio Nobel hoje vai para o segurança do corredor do Pronto-Socorro, cujo trabalho é encarar doentes enfrentando todas essas filas, imagine você se ele não tem motivos de sobra para estar estressado. No entanto, não está e tudo o que fez a respeito foi levantar bem alegre e avisar aos esquentados que as senhas seriam chamadas alguma hora, se não elas, ouviríamos nosso nome, completou ainda que não deveríamos dificultar o seu trabalho, depois de pausa, alarmou ser uma brincadeira, que o gelo precisava ser quebrado - mais bom humor, por favor! 
Isso é tudo e é muito, ele, um segurança de corredor não estudou para curar ninguém, não tem culpa do nosso sistema de saúde ser tão precário, e pouco importa ele ser público ou privado, visto que essa fila, a qual espero ser a última, é no hospital do convênio que minha mãe tanto rala pra bancar. Ele é pago para fazer um controle de quem entra e sai, mas de quebra faz piada, lida bem com as pessoas, arranca risadas, principalmente, dos desdentados, entende que temos particularidades, mas que, acima de tudo, fechar a cara não vai resolver. Fechar a cara nunca pagou nossas contas, pelo contrário, só nos arrumou mais.
Aquele senhor não me tirou a "gripe", nem "desquebrou" aquele braço, mas de fila em fila, cura, no mínimo, algumas mágoas. 

O bom humor de desconhecidos devia se vender em garrafas, para casos terminais de desânimo. 

domingo, 24 de agosto de 2014

Tempo mal gasto é desperdício.

A gente consegue fazer pouquíssimas coisas com o tempo.

Tempo não se pede e, principalmente, não se implora. 
Não tem como voltar no tempo também, nem avançar nele. 
Não dá pra parar o tempo. 
Nem melhorar o tempo como numa fórmula.

Dá pra dar tempo.

Quando a gente dá ou a gente ganha ou a gente perde. 

Tempo mal gasto é desperdício. 

Tempo também vale muito, eu queria o seu, mas seria leviandade de minha parte exigir tanto.

Então por favor, das coisas que posso pedir sem lhe tirar nada, te peço que me deixe em paz, me deixe quieta. 

Você não tem tempo pra dar e eu não tenho pra perder.

Tempo é coisa demais.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Ela.

Ela é exóticamente bonita. 
Tem um tom de pele um tanto atípico e uma maneira de se portar mais ainda. 
E é por isso que eu gosto tanto dela. 
Dias desses, antes de tomar banho percebeu que as estrias estão aumentando, não lhe causou felicidades, mas já que estavam lá.
Eu gosto desse jeito sério que ela leva a vida sem espaços pra piadas de humor negro. 
Ela fala muito, mas nem sempre isso é ruim. Ela só precisa de mais espaço pra dizer o que sente, essa necessidade de externar suas opiniões a mantêm vida. 
O olhar dela também é diferente, combina com o nariz grande.
Ela não está sempre certa, mas prefere acreditar que sim. 
Ela se gosta mesmo, até quando não parece. 
Ela se veste bem e se esforça pra pagar pouco por isso.
Ela só vive perdida, porque ama seu chinelo de couro, mas não vê a hora de fazer mais calos com o salto novo. 
Ela acha que não precisa escolher uma coisa só. 
Da muito bem pra ser fã de The Vampire Diaries e discutir sobre cotas com a mesma pessoa, que no caso é ela.
Ela já puxou sua ficha.
Ela se sente por vezes magra demais, tem medo de a acharem burra, principalmente porque se esforça para não ser. 
Ela é excepcionalmente bagunceira, mais que os irmãos, também não sabe cozinhar e nem pretende aprender.
Ela se sente só, porém, apesar disso, aprendeu na marra, no decorrer deste ano, a gostar si e tentar mudar o que nem ela gosta.
Hoje ela acordou feliz pelo que é agora, se sentindo apaixonável. 
Ela sou eu e chega de achar que não dá pra gostar de mim. Só por eu gostar tanto de você. Pode apostar que dá.
É claro que eu te mereço.
A gente se merece e se gosta, não está bom? Mas ela, lembra dela? 
Essa menina reclama demais.

Ela.

Ela é exóticamente bonita. 
Tem um tom de pele um tanto atípico e uma maneira de se portar mais ainda. 
E é por isso que eu gosto tanto dela. 
Dias desses, antes de tomar banho percebeu que as estrias estão aumentando, não lhe causou felicidades, mas já que estavam lá.
Eu gosto desse jeito sério que ela leva a vida sem espaços pra piadas de humor negro. 
Ela fala muito, mas nem sempre isso é ruim. Ela só precisa de mais espaço pra dizer o que sente sempre, essa necessidade de externar suas opiniões a mantêm vida. 
O olhar dela também é diferente, combina com o nariz grande.
Ela não está sempre certa, mas prefere acreditar que sim. 
Ela se gosta mesmo, até quando não parece. 
Ela se veste bem e se esforça pra pagar pouco por isso.
Ela só vive perdida, porque ama seu chinelo de couro, mas não vê a hora de fazer mais calos com o salto novo. 
Ela acha que não precisa escolher uma coisa só. 
Da muito bem pra ser fã de The Vampire Diaries e discutir sobre cotas com a mesma pessoa, que no caso é ela.
Ela já puxou sua ficha.
Ela se sente por vezes magra demais, tem medo de a acharem burra, principalmente porque se esforça para não ser. 
Ela é excepcionalmente bagunceira, mais que os irmãos, também não sabe cozinhar e nem pretende aprender.
Ela se sente só, porém, apesar disso, aprendeu na marra, decorrer do ano, a gostar si e tentar mudar o que nem ela gosta.
Hoje ela acordou feliz pelo que é agora, se sentindo apaixonável. 
Ela sou eu e chega de achar que não dá pra gostar de mim. Só por eu gostar tanto de você. Pode apostar que dá.
É claro que eu te mereço.
A gente se merece e se gosta, não está bom? Mas ela, lembra dela? 
Essa menina reclama demais.

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Eu por mim eu desgostava de você. 

segunda-feira, 28 de julho de 2014

A cor do lápis.



Pela manhã me vi numa situação embaraçosa, sou negra, numa família negra, com primos negros, até os brancos de pele são negros aqui. 

Pois bem, dados os fatos, um desses primos negros de apenas quatro anos brincava comigo na sala e me pediu para tirar um foto com ele, a minha pele é pouquíssima coisa mais clara que a dele, ao constatar isso revendo nossa foto, quis se pintar de "cor de pele". 

Mas a cor da pele dele não é cor de pele também?

Pele tem só uma cor? 

Evidentemente, eu sabia a que cor ele se referia e você, caro leitor, também. 

Na mesma hora o corrigi, o corrigi como nunca havia feito comigo antes. 

Salmon, ou se preferir, coral, não é cor de pele, é no máximo a cor de um peixe. 

E perguntei: - Que cor é sua pele? Não é marrom? 

- Sim, marrom. 

- Pois bem, a sua pele é marrom e a minha? 

- Rosa. 

- Não, a minha pele também é marrom, um marrom mais claro, mas é marrom e podia ser marrom mais escuro ainda. Mais escuro que marrom é preto, não é? Então, preto também pode ser a cor de uma pele não pode? 

- Pode.

- Vamos precisar te pintar na foto ainda? 

- Não, a cor da minha pele é marrom.

E fim de papo, mas fiquei pensando no quanto o racismo está dentro da gente. 

E dentro de mim. 

Eu que me sinto tão mente aberta e chamava até hoje de manhã a cor de um lápis de "cor de pele", aliás, nunca conheci ninguém "cor de pele" mesmo.

Pela lógica o meu marrom seria o meu cor de pele. 

O amarelo da minha Maria, o cor de pele dela. 

O branco, o cor de pele do João.

O vermelho, o cor de pele da Bia na apresentação do trabalho, tadinha.

O verde, o cor de pele do Pedro, que adoeceu essa semana. 

E o pior, no verão eu precisaria de outro lápis mais escuro pra chamar de cor de pele. E quando eu começasse a descascar de tanto sol, teria que andar com dois no bolso.

Nós somos muito diferentes na cor e na largura e na altura. 

Ainda bem!

Então mais pelas nossas crianças de quatro anos que por nós, os já estragados, que tal largarmos esses eufemismos tolos de lado? 

Pretinho é o diminutivo de preto e se esse preto não for pequeno, não faz nenhum sentido. 





sábado, 12 de julho de 2014

Estou cansada de ser paranóica, cansada de gostar de você e de ter que conviver com a minha solidão.
Todavia, como sempre, eu ainda aceitaria mais uma dose. 

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Eu vim com defeito.

Eu vim com defeito e porque vim com defeito enfrentei a fila da lotérica para pagar um boleto cujo corpo carregava a mensagem: apenas banco do Brasil. 
Porque vim com defeito, minha estrias estão aumentando, não é o refrigerante, nem a calça jeans, sou eu que está com estrias. 
Porque vim com defeito, tenho fracassado tantas vezes e mantido intacta a ideia de que fiz a minha parte. 
Porque vim com defeito, estou sempre certa.
Porque vim com defeito, uso a internet por mais horas do que deveria e amaldiçoo meus professores pelos curtos prazos todo fim de semestre.
Porque vim com defeito, comprei aquele salto rosa choque e o calçava para desfilar toda torta pelos corredores do shopping. 
Minha mãe também tem defeito, por que raios essa mulher me deixava fazer isso? 
Porque vim com defeito, gasto meu dias em busca da fórmula que solucione minha insatisfação com o mundo, com o que escolhi estudar primeiro, com a minha vida amorosa e meus seios pequenos. 
E, principalmente porque vim com defeito, resolvi que não volto pra fábrica, aos 19, já estou bem fora da garantia.
Na verdade, quem é que garante alguma coisa?
Então, belo rapaz, não me pergunte o que faço sozinha de uniforme vermelho sentada nesta praça sob o sol das 8 horas cantando Mambo Number Five em voz alta. 

O nome disso ... é defeito. 

E porque vim repleta deles, permita-me desafinar. 

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Quando você me chama de bonita eu fico querendo gritar pro mundo a minha felicidade. 

quarta-feira, 11 de junho de 2014

sábado, 24 de maio de 2014

E o resto é mar, é tudo o que eu não sei contar 

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Pegar ônibus tem seu tanto de miséria e seu pouco de magia.

Ora e eu te digo porque. 
A miséria está em acordar mais cedo, a magia está no exercício de correr até o ponto. 
A miséria está em contar as moedinhas da passagem, a magia em descobrir que há dinheiro suficiente.
No ônibus, sempre tem uma grávida bem humorada, a miséria está naquela moça chata com roupas de academia, nunca mais lhe dei bom dia.
Porque pego o ônibus, chego mais cedo ao trabalho e do ponto até lá existe uma praça.
A magia está em ter tempo para me sentar na praça e ouvir minhas músicas sob um sol que dizem não me envelhecer. 
De carro, digo o carro dos outros, utopia seria eu ter um carro agora, nunca da tempo de ligar o som, imagine de sentar na praça. 
Estou sempre com pressa e quase perdendo a hora, me falaram que isso sim envelhece.
A miséria de pegar ônibus é no inverno, passar frio dentro e fora dele.
A magia está na sacola de mercado da senhora que foi correndo comprar um bife pra quando o neto chegar.
A miséria está na chuva que só caiu na minha vez de descer, mais miséria ainda foi naquele dia que o maldito quebrou a caminho da reunião. 
A magia estava no rapaz que pediu para segurar minhas coisas e então eu teria onde me apoiar, mais magia foi encontrada na criança que pedira à mãe para ligar para seu pai e dizer que o amava, até chorei, mas cuidei para que não percebessem.
A miséria está nas condições das linhas que pego, pois nem se parecem com aquela amarela ou antes eu morasse em Curitiba.
A magia está em cuidar da vida dos outros e deixar que cuidem da sua também, porque elas, todas elas, estão repletas de miséria, com sua parcela de magia. 
Veja, acabo de conseguir um lugar.

terça-feira, 13 de maio de 2014

eu não entendo, mas continuo tentando entender

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Dezedez

Fazer aniversário, tava pensando ... 
Essas datas são boas, a gente se lembra de quem nos quer bem de verdade e do quanto isso pode ser recíproco.
Não só por isso.
Quem inventou o calendário e a horas, que provavelmente não foi a mesma pessoa, ou uma pessoa só, em inglês eu diria "had a point".
Olhe só, no calendário e de acordo com ele, nenhum dia é igual a outro, ou se repete. Mesmo considerando que anos podem ser a.c. ou d.c. então teríamos dois 500 anos, por exemplo, eles carregam essa nomenclatura.
O que eu quero dizer é que mesmo que você se esforce, nenhum dia será igual ao outro, nem voltará. 
Nem mesmo em formato de memória, já que na memória há o seu ponto de vista que não é, definitivamente, igual àquele dia, é como você vê ou prefere ver as coisas. 
Todas essas reflexões são igualmente válidas para as horas. 
Ninguém pode voltar as horas e elas, quando iguais, pertencem a dias diferentes.
Fazer aniversário é saber que eu nunca mais farei dezenove anos e/ou qualquer coisa como dezesseis dezessete dezalgum número. 
Não existe dezedez.
Daqui a pouco são vinte e vinte, pra mim, é algo muito próximo de não ser mais criança. 
Eu não posso deixar de ser criança, apesar das frases motivadoras da internet me afirmarem o contrário. 
Eu estou deixando de ser criança sim. 
As coisas estão mudando sim! 
Eu não mando no calendário e toda a sua organização.
Até desregulo o relógio, mas nada com muito sucesso.  
Eu não quero parecer mórbida, então se esforce para não me interpretar assim, só que a ideia da morte, apesar de me causar fobias e instantes de desespero, é também muito fantástica.
Se sabemos que uma hora acaba e depois que acaba ninguém tem certeza do que acontece, a gente se esforça pra que não acabe tão rápido. 
E também pra que quando acabar, que acabe de um jeito bom, ou de um jeito certo, certo pra nós mesmos, ao menos.
Porque o objetivo é que alguma coisa valha a pena. 
Eu queria ter inventado o calendário ou alguma coisa importante, tipo como todo corpo tende a ficar parado se nenhuma força agir sobre ele. 
Quem não pensou nessas coisas antes dessas pessoas terem pensado primeiro? São coisas tão lógicas.
É óbvio que nenhum dia é igual a outro e óbvio que eu não vou levantar do sofá.
Mas eu só invento a mim.
Me reinvento ficando mais velha, estar mais velha tem seu lado belo.
Eu até gosto, só que me faz refletir o que de bom tenho feito por estar aqui.
Dá vontade de fazer mais coisas, e isso, já é um começo. 
É começo também estar quase vinte.

domingo, 27 de abril de 2014

Resignificar

Procurar, do dicionário informal: buscar, caçar, idear, investigar, acertar.
Acertar?
Mas eu só tenho errado.
Bem, hoje eu vim aqui contar pra vocês, vocês que na verdade eu nem sei quem são ou se são.
Mas é bom externar as coisas.
Então, vim contar que chorei tanto ontem a noite que dormi e acordei bem hoje.
Procurar, buscar.
Buscar motivos para ficar para baixo, por que ? É ilogico, regra número 1 não existem regras, PARA!
Procurar, caçar.
Caçar companhia, caça sentido nas coisas. Pare também!
Procurar, idear.
Idear a vida, disso não pare não.
Procurar, investigar.
Investigar razões para os acontecimentos que não estão sob o meu poder de decisão.
Procurar, acertar.
Acertar a música a ser ouvida e principalmente se acertar, Thaís.
Viver pode até ficar mais fácil se você não deixar your mind play tricks with you, my dear.

#100happydays I

Céu azul me faz feliz, outono seria minha estação predileta, se eu conseguisse nomear esse tipo de coisa.

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Você tem alergia a benzetacil?

Meu professor da faculdade me mandou ver o que não está lá. 
Ora, não estão lá uma porção de coisas.
Tipo mais dinheiro na minha conta.
Não está lá também aquele outro professor tão excelente de história da quinta série, onde é que ele foi parar? E outros parecidos com aquele? 
Sofri abstinência até o colegial. 
Não está lá também um interesse justo nesse tipo de coisa, nessa utopia da educação.
Faz sentido que eles, os indivíduos de Smith, queiram que a gente pense como aquele professor? 
De fato, não muito.
Por ver o que não está lá, pensei também no médico que me atendeu quatro horas após ter chegado no posto de saúde da cidade, esse eu vi e vi os outros, aqueles que deveriam estar lá, no entanto, não estavam.
Não está lá aquela ânsia por um poder ridículo, mas isso eu já vi antes.
Não está lá , nas entrelinhas, um respeito devido a nós, os "sem luz", também não está lá muito o que ser feito.
Não está lá naquela lousa todas as contradições, elas existem, a gente só não quer ver por muito tempo, para não se frustrar, eu acho.
Sabe outra coisa que não estava lá, mas eu juro que vi? 
Meu ônibus, ele nunca está e nem nunca passa também, outro dia ele veio ... bem rapidinho, estava lotado, por sorte consegui entrar e não me dei ao luxo de mudar de posição dos pés.
Veja, era o eu tinha.
Há vários pressupostos, mas eu suponho, caro professor, se me tem apreço, que não me apresse.
Sou astigmatimática e perdi meus óculos. 
Ver o que está lá tem sido bem difícil, imagine o senhor, dentro dessas limitações, como farei eu pra enxergar o resto.
De qualquer maneira, agradeço o esforço.
Fique sabendo que já marquei meu oftalmo. 
Pela voz da secretária dele, eu preciso dos professores, dos médicos, dos ônibus e de mais livros, pra enxergar tanta coisa. 
Não perdi só meus óculos.
E eu na inocência achei que havia remediado tudo.
Mas tem como? Está com alguém a culpa? 

terça-feira, 8 de abril de 2014

Memento vivere, como a bicicleta

Você não acha no mínimo intrigante a vida? 
O céu escurece a noite. 
Pessoas se organizam em prédios e se locomovem em caixas metálicas com rodas. 
Vocês não acham maravilhoso deitar na grama? 
E o nascimento? Como é que um ser surge de outros dois? 
E os shows, me explique as emoções sentidas num show, se explica? 
E porque é que sorrimos ao ver alguém sorrir? 
Alguns fios levam música aos nossos ouvidos. 
Aliás, por que a música nos arrepia? 
E abraçar? É tão revigorante abraçar, ou não é? 
As pessoas se amam por aqui pela vida, vocês sabiam? 
Inclusive, não é intrigante também como conhecemos a quem amamos? 
Esse jeito que a vida se organiza, nem parece, mas ela é bem coerente.
Faz sentido que as coisas fluam da maneira que fluem. 
A ideia de estudar é um pretexto para que se vá as ruas, trocar ideias, como figurinhas, descartemos as repetidas, de que servem ? 
A gente se renova de alguma maneira. 
Por isso que o céu escurece a noite, ele se prepara pra amanhã. 
Amanhã será um novo dia e ele será bom, como o de hoje, ainda que sem temaki.
A crise está me dando uma pausa, a quem interessar, estou animada, confiante e bonita.
Porque a vida é coerente.
Memento vivere, como a bicicleta que precisar estar em movimento para manter o equilíbrio.

domingo, 30 de março de 2014

Hey, listen ... I'm calling to ask ...
Whata hell is wrong with me?

sexta-feira, 28 de março de 2014

BT


- Damm it, stop looking at me this way, baby! You know there's not much I could do about it.
- There ain't other way. And if what you're planning to say next is that I deserve something better, you should respect me, at least, and give me the right to decide myself which is best for me, sorry to disappoint you, but I think it is you. Since I first saw you, since I was a kid, since I ran into you at the bakery, and at work, and later in the car, and on that day, or that note.To be honest, I never had a doubt. What I'm up to say doesn't need answer, but listen ... carefully ... I kinda like you too and thanks for making me happier than I ever was.
- I can't believe it took me so long to realize.

And they kissed, the answer was actually not necessary at all, he didn't need say I kinda like you back, just cuz he did it first, there was a meaning there also he knew she felt loved, indeed she was. 
Now I'd like to ask what the hell else was necessary? 

Sem teatro X

Na verdade, na verdade mesmo, eu já decidi. 
Decidi que não decidirei mais nada. 
Ora, de que vai adiantar? 
E tem mais, a adolescência tornou-se estado de espírito, dane-se se eu já atingi a vida adulta.
O conflito entre a extrema felicidade e tristeza avassaladora persiste, assim como a linha tênue e resistente que as separa. 
Eu gostaria, gostaria profundamente de escrever textos melhores aos seus olhos, caro leitor. 
Mas só apareço quando alguma coisa me aborrece, talvez deva saber que qualquer coisa tem me aborrecido. 
Ontem, ontem eu estava extremamente feliz.
Hoje, hoje não muito. 
E não me diga para não ficar assim, vou ficar o quanto eu precisar ... até que o está faltando não falte mais. 
Você não pode me culpar por me faltarem coisas e agradeceria, sinceramente, se respeitasse esse meu momento. 
Cada um tem o seu.
Sei que o meu tem durado muito, daqui a cinco minutos e ele passa e depois dos cinco ele volta ... aaaah se volta.

domingo, 16 de março de 2014

Ambição.

Eu quero deixar marcas.
Eu quero fazer falta.
Eu quero ser a melhor parte do dia.
Eu quero ser única.
Eu quero minha tatuagem e quero que ninguém tenha a mesma ideia.
Eu quero ser engraçada.
Eu quero ter um jeito só meu, não quero nada igual a mim.
Eu quero que me liguem e mandem mensagens.
Eu quero que me apresentem.
Eu quero que me mandem flores, não somente rosas vermelhas em dias comemorativos.
Eu quero bilhetes também, muito bilhetes, na geladeira, no espelho, na porta e na mesinha.
Eu quero tirar fotos, lindas fotos.
Eu quero me dar bem na prova de amanhã.
Eu quero ser diferente também nas roupas.
Eu quero ter o olhar diferente.
Eu quero ser mais bonita.
Eu quero presentes, baratos, só quero presentes.
Eu quero que me cabelo fique longo de uma vez.
Eu quero uma história nova e precisa ser minha.

Eu queria ter mais sorte, sou ambiciosa e reconheço que a que tenho não é pouca.
Só que a gente sempre quer mais e e eu quero, quero mais muita coisa.

Eu quero deixar marcas.
Eu quero fazer falta.
Eu quero ser a melhor parte do dia.
Eu quero ser única e não haverá ninguém igual a mim no mundo.

Todas as pessoas, todas elas são boas.

Caso não forem, o azar será sempre delas, nunca seu.

Sem teatro IX

Eu me orgulho muito de algumas coisas em mim.
Dentre essas poucas, como minha índole, está meu amor por histórias românticas.
Com finais felizes.
Essas que dão tudo certo.
Porque a ideia de entretenimento pra mim é a distração.
E distração da vida real, na vida real já existe muita miséria.
Não quero me distrair vendo mais miséria, ainda que haja algum peso cultural envolvido, não me acho pronta para isso.
Eu gosto de histórias românticas da vida real e principalmente dessas, ou daquelas que se parecem muito com as da vida real, lê-se Emma e Dex.
Sabe, a gente precisa sentir alguma coisa, sentir sempre alguma coisa.
Qualquer coisa, se der, que seja boa.

Nem sempre dá pra essa coisa ser boa, mas não se culpe por isso.
E nem desista ou desacredite.

quinta-feira, 13 de março de 2014

Mais uma pitada de sal, não, um quilo!

Andei pensando, o que me falta é sal.
Ninguém gosta de nada sem sal.
Bom, evidentemente eu não sou doce, não mesmo.
Eu seria no mínimo ácida, mas até salada ácida tem sal, precisa de sal.

Das coisas sem sal o mundo tá cheio, não quero não ter sal.
Mas descobri há pouco que não tenho.
E sal não é só sal, tem que ter tempeiro.
Também não adianta muito comprar pronto qualquer um dos dois.

Eu preciso ter o meu, o meu sal e o meu tempeiro.

Quando a gente come algo sem sal, a gente fica na busca de algo melhor.
Come o sem sal por ter fome.
Mas coisas sem sal não saciam, logo passa.
As vezes até incomodam.

Hoje eu acordei meio incômodo,
meio enjoo,
meio sem personalidade,
meio sem roupa,
meio sem beleza,

meio sem graça, porque a graça está no sal e sal já constatei que não tenho.


segunda-feira, 10 de março de 2014

Segredo

Esse ano não vou fazer nada no meu aniversário, nem balada, nem reuniãozinha, nem nada, que é pra ver se esses putos me amam mesmo e me fazem um festa surpresa. 
Todo ano eu prometo que vou testá-los e volto atrás. 
Vamos ver como me saio neste. 
Não vai contar pra ninguém, viu? 
Se fosse pra todo mundo saber eu tinha postado no facebook ou no twitter, fui clara? 
Grata, a dona dessa porra. 
Não me leve a mal, você é tudo o que tenho.

quarta-feira, 5 de março de 2014

Eu não faço tantas coisas erradas assim.
Você é que me condena demais.

Por favor,

vá tomar no cú. 

segunda-feira, 3 de março de 2014

The date.

Um trident.
Ou dois.
O que vestir eu ainda não sei.
Melhor trocar o esmalte, perua demais.
E o cabelo? 
Ah, não sei.
É bom não chover, preciso estar bonita. 
Mas que roupa vou vestir? 
Parece que está ventando e já que não vou beber parar esquentar, o ideal seria algo de manga comprida.
Maquiagem, bom ... Nada exagerado, sem sombra ou lápis. 
Só uma cara de saúde.
Deveria eu comprar o tal chocolate? 
Não, fofinha demais e eu lá sou fofa? 
Não.
Eu já deveria estar de pé, arrumando meu quarto ou estudando.
Esqueceu que tem prova? 
Eu não deveria criar qualquer expectativa, mas elas já estão aqui.
Big day!
Bye.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Não tem porra de príncipe nenhum. 
Nem porra de nada. 
Nem bom humor. 

Ou boa sorte.

Damm it!

Actually I'd say it is ok, but it is not. Not at all. 
I miss it, badly!
Make it stop! 
Call me and say it was a misunderstood.

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Procura-se um namorado.

Gênero masculino e com mais 1,75 m de altura, por favor.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Sem teatro VIII

Sábado tem micareta, pra ser sincera eu amo festas, amo mesmo! 
Me arrumar, dançar, fazer umas amizades instantâneas e, por que não, dar uns beijos. 
Só ando um pouco cansada, é terceiro semestre.
Serão seis.
Depois mais 8 ou dez. 
Há sempre o que se fazer aos sábados. 
Todo mundo gosta de mim aos sábados.
Quase ninguém aos domingos. 
E principalmente às segundas.
Eu tinha várias coisas que gostaria de dizer a respeito disso. 
Mas achei melhor nem dizer.
A gente não precisa de tudo que a gente pensa que precisa. 
Quase sempre não precisamos de nada. 
Então faça-me o favor de acabar com essa angústia. 
Porque ela vem engolindo até meus sábados.
E os sábados são o que me restaram. 
Faça parar! 

Faça parar! 


sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Não há receita.

Não é como se houvesse uma receita do tipo: 
Ingredientes:
Uma xícara de família 
Duas colheres de sopa de álcool
Uma pitada de dinheiro
500g de amor 
600g de saúde 
Duas fatias de férias 
Modo de preparo: 
Em primeiro lugar a família, em seguida 500g de amor e bata no liqüidificador. Depois de homogêneo acrescente a saúde, as férias e o dinheiro. Caso não dê o ponto, adicione um pouco de álcool como medida paliativa. 
Despeje tudo numa travessa e deixe na geladeira até, sei lá, acabar.
Não funciona assim e alguns diriam "ainda bem", porque sou péssima na cozinha. Dos clichês desse mundo, eis um dos mais sensatos: se fosse assim, não teria graça. 
Não teria mesmo! 
Essa falta de exatidão é que nos faz viver, viver de verdade! 
Como eu vivi naquela noite em que a boate estava fechada, então a passamos na rua, na porta de um clube também fechado dançando músicas que eu nem gostava tanto assim e vivi por ter entrado na faculdade que não estava no topo da minha lista. Por mais atrevido que seja dizer, vivi na ausência do meu pai e na presença inestimável de minha mãe. 
Eu vivi até hoje quando precisava de uma vaga pra parar o carro, errei a entrada e fiz o trajeto de trânsito lentíssimo DUAS VEZES.
Eu vivi naquele dia que o dinheiro da passagem acabou e voltamos do pedágio a pé e na chuva, já que desgraça pouca é bobagem. Inclusive esta é uma de minhas melhores memórias.
Não estou pedindo que a vida tivesse sido diferente comigo, embora eu por vezes quisesse, quisesse de verdade, não estou pedindo. 
Acordei me achando um tanto sortuda. 
Não só por não precisar seguir alguma receita que certamente daria errado e me frustar mais tarde. As frustrações serão e foram outras.
Acredito que também não devemos pensar que se alguém está pior, daí sim temos motivos pra sorrir, não precisamos estar melhores que ninguém além de nós mesmos.
 Compare-se a você.
Sejamos nós os melhores em alguma coisa, principalmente porque queremos, ou não queremos a droga da tal felicidade? 
Estou no hospital esperando minha avó voltar, estacionei super longe, não faço ideia do que fazer pra levá-la medicada até lá, mas eu dou um jeito. 
As pessoas do elevador daqui sorriem mais que as do shopping.
Sei que pedi para não compararmos mais nada e blablablá. 
O caso é que soou irônico, não? 
Mas vamos falar de ironias e contradições outro dia.

sábado, 8 de fevereiro de 2014

A base da cadeia alimentar

O garoto negro, é sempre bom constatar que ele é negro, que mocinho é negro? Porque ele poderia ser branco, mas é negro, como o resto da minha família, negra. Cresceu numa viela, o primo mais velho já havia se envolvido com drogas, os vizinhos muito provavelmente. Não é como se a gente generalizasse as coisas, é apenas porque as condições dali são mais favoráveis, ou mais acusáveis e julgáveis, a adolescência é sempre o alvo de envolvimento com drogas, o caso é que o mundo anda drogado, sem distinção etária. Além disso, a maior parte, se não toda a parte, dos "maconheiros" que conheço vem de bairro nobre e de condomínios fechados. Só que hoje vamos falar da periferia, é ela que importa, toda coisa ruim do mundo sai de lá. Não ousaria dizer o contrário. Então ele que ainda estava ali, na periferia sendo periférico e negro, sendo pobre e involuntariamente vendo o mundo, o mundo como é, viu que aos 16 não deveria fumar maconha, mas engolí-la. Deveria ler cartazes dizendo NÃO à violência. Dizer não à violência me parece  um tanto fácil para quem está acostumado em recêbe-lo. E diante ao cartaz devia apanhar de quem não o criou, nem lhe deu algum exemplo, inclusive, bons exemplos ele teve. Os bons exemplos estavam em casa, os maus eram pagos justamente com o suor dos bons, os filhos dos bons apanhavam dos maus. Onde é que está o equilíbrio? Não é como se eu estivesse pedindo uma ação ultra direitos humanos, apenas não estou concordando com essa ação nada direitos humanos. Não é um caso de juventude perdida, nem polícia perdida, nem de esperança perdida, é uma caso de índole e nesse mundo de meu Deus, são 7 bi e em meio a 7 bi de habitantes vamos encontrar de tudo, de todo tipo, da corrupção à honestidade, carnívoros e vegetarianos, heterossexuais e homossexuais, brancos e coloridos, ricos e pobres, usuários ou não de drogas, jovens e idosos, homens e mulheres. Estamos todos dividindo o mesmo espaço. Um aglomerado de gente sempre será um aglomerado de gente. Foi assim em junho do ano passado e nos rolezinhos deste. Algumas coisas a gente aceita, outras a gente finge, o que não dá é pra fechar os olhos e dizer que está tudo bem em forçar um adolescente a engolir maconha e o assistir ser espancado. Esse é um preço, e um dos mais baixos, a ser pago por estar na base da cadeia alimentar. Já entendemos a diversidade das coisas, estou precisando de ajuda para entender isso. Esse processo ilógico, a mesma polícia que aceita dinheiro pra que a boca continue em normal funcionamento é a aquela que humilha a juventude pobre e quase sempre negra por ceder às tentações mundanas ? 

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Esqueça o que eu falei

Eu tenho cordas, todos nós.

Dinheiro. O que é que a gente faz com dinheiro? A gente gasta, mais gasta que ganha. Na aula de gestão financeira fiquei meio sei lá, me parece que meu trabalho pode ser fazer o dinheiro dos outros sobrar no fim do mês e se ele multiplicar, melhor ainda, preciso aprimorar minhas competências. Só que a questão não é essa, a questão é que fui crucificada pelas tias e minha avó e sabe lá mais quem tomou conhecimento do preço do celular que acabo de comprar/ganhar da minha mãe. O que eu acho é que se dá pra ser feito, ainda que parcelado, como a única viagem internacional que fizemos na vida, faça. Quanto valem seus prazeres e boas memórias? Aquele lá me custou um ano sem trocar de tênis e valeu incontáveis arrepios, enquanto via tantos prédios e os fogos de artifício e aquele mar extraordinariamente azul. Tem dias que o meu preço é a passagem do ônibus pra São Roque, onde fica a Brasital (vamos todos mardar um beijo pra ela), em outros uma coxinha na padaria, uma coca gelada, bônus para ligações de vivo para vivo, um ticket do metrô e do cinema e da peça em cartaz. Tem dias que eles, os prazeres, não valem nada, além da força que juntei pra me levantar do sofá e ir visitar os amigos vizinhos. Eu acho mesmo que precisamos guardar dinheiro, não gastar em bobagens, mas enquanto não tenho a quem sustentar, gastarei com as bobagens que me fizerem bem, ou fizerem bem aos meus bens e digo mais, me julguem, principalmente pra que eu tenha direito de julgar vocês, eu não concordo com tudo também, não vejo graça em tanta coisa. Só que gente trabalha demais, se estressa demais, mas sonha muito também. Meu sonho de hoje foi uma garrafa d'água, me custaram dois reais lá na barrafunda. Meus sonhos de ontem foram não pagar a mensalidade da faculdade, dirigir pra algum lugar sozinha e saber fazer arroz. Os de amanhã talvez sejam encontrar um amor, a receita do dogão da vanda e saúde, pra continuar trabalhando e ralando muito, pra gastar com essas bobagens que me fazem bem e/ou aos meus bens. Pare de dizer que dinheiro não traz felicidade, esse texto não é bem sobre o meu celular novo, era pra ser sobre essa hipocrisia gerada em torno dele. Uma grande amiga me disse esses dias que não deixamos de ser marionetes por reconhecermos nossas cordas e esse é já é um bom caminho. 
Já encontrou as suas?

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

My mind is playing tricks with me, my dear.

Companheiro de guerra

Olhe, blogspot, você não anda em suas melhores condições, mas é bom saber que está por perto. Eu não abri conta aqui pra treinar ser uma grande escritora, por mais que eu goste, goste muito das artes dessa vida devo admitir que eu não sou nada demais, não canto muito bem, péssima com esportes e entre tantas coisas em que sou parcialmente ruim não escrevo também, sejamos francos. Nos meus melhores dias me vejo professora universitária, nisso eu sei que até posso ser boa mesmo. Nas outras coisas eu ando falhando. E a culpa é de quem? Há sempre alguma culpa, em dias ruins fico com ela só pra mim, nos bons dias saio dividindo com os outros e então o clima tem culpa, os astros, os meus professores e chefes, meu ônibus e um monte de coisas que hora são e hora não são minhas. Você não é meu, provavelmente nem vire meu, talvez nem possa ser meu, nem deva, te peguei emprestado, não sei se está bom assim pra você, ficar com a parte chata de lidar com minhas crises e estar ao meu dispor se preciso, você não ganha nada em troca, nunca. A vida é exatamente isso, uma troca. Nós trocamos tempo por dinheiro, tempo por diploma, tempo por atenção. Talvez, por mais que eu precise de você, seja a hora de excluir minha conta, não é só muita pretensão da minha parte, é egoísmo também. Nós não somos só bons amigos, somos só amigos acima de tudo, das outras coisas. E eu te amo, amo mesmo, dum jeito estranho. Estou um tanto cansada de tentar ser gente grande, é que eu só acho que não aguento. Não vou pedir desculpas, vou fazer de novo, isso é o que me dói as vezes, em você ... Não sei se o tempo todo. Vou ver se durmo.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Sem teatro VII

Eu estou triste e parece que eu estou gostando disso, dessa coisa ruim que é estar triste.
Eu fico remoendo tudo o que vivemos nessa curta história de verão e isso tem atacado meu corpo, então eu fico fraca, sinto dores no estomago e nenhuma vontade de comer.
Eu que não ouse pensar em você depois que meu prato está feito.
Você tem estragado meus restaurantes prediletos.
Não posso ver um carro igual ao seu na rua, você sabia que são vários?
Eu devo estar doente, mas você não me manda mais ir ao médico.
Nem me dá boa noite todos os dias, não sou mais sua princesa e ninguém me dará a mão, sabe-se lá por quanto tempo.
Eu pensei que tinha dado sorte, tenho pensado sempre que dei sorte, mas é só azar.
Um azar atrás do outro.
Eu só tenho pensado bobagens.
Preciso voltar a estudar e trabalhar, meu lugar predileto tem sido minha cama, onde sinto todas essas dores horríveis.
Tenho plena consciência de que você não entende as proporções.
Viver tá virando coisa de peixe grande.
Por que você me tirou de minha armadura?
Eu estava me virando.
Se não pretendia ficar, não deveria ter vindo.
As especulações tem me devastado.
Pode ser que quando eu levantar daqui tudo isso passe, mas eu acho que não.

Por que?

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Navegar é preciso, viver não é preciso.


Obrigada por constatar, consagrado poeta, se você não me diz ... que de mim seria?
Fique sabendo o senhor que isso é uma grande merda.
Se viver fosse preciso eu me casaria por volta dos trinta e teria dois filhos, um menino e uma menina.
Se viver fosse preciso eu me formaria aos 20 nessa faculdade e aos 21 estaria cursando economia.
Se viver fosse preciso eu conheceria os amores da minha vida toda vez que eu precisasse de um.
Se viver fosse preciso seria só sexo e pronto.
Se viver fosse preciso meu cabelo cresceria mais rápido e acabaria com essa angústia que me cerca há uns 3 anos ou mais.
Se viver fosse preciso eu saberia a hora certa de parar, em tudo. Parar de beber, parar de gostar e de gastar, de confiar, de sair, parar de brincar, de falar, de chorar também e de reclamar.
Se viver fosse preciso eu também seria  fotógrafa e modelo e escritora e economista e professora.
Se viver fosse preciso, navegar pra que?
O senhor não já sabe o que eu quero ?
Eu quero viver solitária cheia de graduações e constituir uma família.
Um namorado e também ir à festas open bar da facul com a galera nice.
Quero fazer um intercâmbio, ser mochileira, ter um apartamento, uma casa grande e com varanda, porque eu gosto do interior e da cidade grande.
Quero calmaria e tempestade.
Por que que viver não é preciso ?
Com essa vidinha que eu tenho, com essa única, vou conseguir navegar tudo isso?
É justo, poeta ?
O senhor acha?
Nem uma pitada de precisão pra facilitar meus precisos?

Não?
Então tá, é melhor eu ir dormir, já estou há bastante tempo na internet e você é cabeça dura demais.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Tirando o blush.

Oi, blog!
Cá estou de novo.
Não estou em crise, como era de se suspeitar.
Estou bem e não vou precisar reafirmar isso.
Vamos aos fatos, lá se foi outro relacionamento.
Esse foi instantâneo.
Na verdade eles tem sido.
Não sei muito bem se eu gostava dele ou do que me fazia.
Ou se gostava mesmo de alguma coisa.
Eu sei do que não gosto e do que quero também.
Eu não gosto de entrar para as estatísticas do comum, do igual a todo mundo.
E quero que as pessoas saibam o que eu penso e como vejo as coisas.
Esse moço não teve tempo de saber disso.
Eu também não tive.


O que me dava dor de estômago aquela madrugada foi saber que falhei.
Ninguém gosta de falhar e eu tenho falhado tantas vezes.


O blush é o que me ajuda a enganar os outros, mas já o tirei por hoje.