sábado, 13 de abril de 2013

Sobre escrever

Ahhhh escrever!

Releia a frase acima, caso o número de 'agás' não tenham esclarecido meu tom de carinho sobre escrever.

Veja, se escrever, segundo eu, trata-se do registro do que se pensa, tem-se o mundo.

Ora, admite-se, admito eu, que o pensamento é abstrato.

Imagine só, sermos capazes de dar forma ao intangível.

Forma escultura.
Forma som.
Forma letra.
Forma imagem.
Forma sentido.
Forma incolor.

Forma escrever.

Escultura escrever.
Som escrever.
Letra escrever.
Imagem escrever.
Sentido escrever.
Incolor escrever.

Interpretar escrever.
Não entender escrever.

Viver escrever.
Escrever viver.

Escrever escrever.

Conflitos.

Ando com conflitos, que se a mim coubesse, buscaria Freud.
Ando com antíteses oscilando.
Ando com frio.
Ando com calor.
Só não ando com sono.
Ando tranquila.
Ando sem amor.
Só não ando.
"A medida de amar é amar sem medida
Velocidade máxima permitida
A medida de amar é amar sem medida
E eu? O que faço com esses números?"
 
(Engenheiros do Hawaii, e é só)

Agarre-se!

Em que?
Ora, sei lá eu.
Em alguma coisa.
Pense um pouco.
Dona Melisa me mandou buscar algo,
que me faça entender.
E eu já entendi.








Ou não?
Óculos para descanso por meio grau de astigmatismo no esquerdo.
Caderno da faculdade.
Carregador do computador.
E você.
Seremos só nós dois esta noite.

Eu nunca saberei o que seria um bom título.

A gente as vezes escuta, mas não ouve.
Ou ouve, mas não escuta.
As vezes, você quer ouvir.
Ouvir mentiras.
Escutar histórias.
Contar histórias.
Falar mentiras.
As vezes você só não quer.
Ora quer muito e tudo.
Eu - pausa- quero a todo tempo.
Sempre alguma coisa, sempre mais.
Ouvir mentiras.
Escutar histórias.