segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Não tem porra de príncipe nenhum. 
Nem porra de nada. 
Nem bom humor. 

Ou boa sorte.

Damm it!

Actually I'd say it is ok, but it is not. Not at all. 
I miss it, badly!
Make it stop! 
Call me and say it was a misunderstood.

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Procura-se um namorado.

Gênero masculino e com mais 1,75 m de altura, por favor.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Sem teatro VIII

Sábado tem micareta, pra ser sincera eu amo festas, amo mesmo! 
Me arrumar, dançar, fazer umas amizades instantâneas e, por que não, dar uns beijos. 
Só ando um pouco cansada, é terceiro semestre.
Serão seis.
Depois mais 8 ou dez. 
Há sempre o que se fazer aos sábados. 
Todo mundo gosta de mim aos sábados.
Quase ninguém aos domingos. 
E principalmente às segundas.
Eu tinha várias coisas que gostaria de dizer a respeito disso. 
Mas achei melhor nem dizer.
A gente não precisa de tudo que a gente pensa que precisa. 
Quase sempre não precisamos de nada. 
Então faça-me o favor de acabar com essa angústia. 
Porque ela vem engolindo até meus sábados.
E os sábados são o que me restaram. 
Faça parar! 

Faça parar! 


sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Não há receita.

Não é como se houvesse uma receita do tipo: 
Ingredientes:
Uma xícara de família 
Duas colheres de sopa de álcool
Uma pitada de dinheiro
500g de amor 
600g de saúde 
Duas fatias de férias 
Modo de preparo: 
Em primeiro lugar a família, em seguida 500g de amor e bata no liqüidificador. Depois de homogêneo acrescente a saúde, as férias e o dinheiro. Caso não dê o ponto, adicione um pouco de álcool como medida paliativa. 
Despeje tudo numa travessa e deixe na geladeira até, sei lá, acabar.
Não funciona assim e alguns diriam "ainda bem", porque sou péssima na cozinha. Dos clichês desse mundo, eis um dos mais sensatos: se fosse assim, não teria graça. 
Não teria mesmo! 
Essa falta de exatidão é que nos faz viver, viver de verdade! 
Como eu vivi naquela noite em que a boate estava fechada, então a passamos na rua, na porta de um clube também fechado dançando músicas que eu nem gostava tanto assim e vivi por ter entrado na faculdade que não estava no topo da minha lista. Por mais atrevido que seja dizer, vivi na ausência do meu pai e na presença inestimável de minha mãe. 
Eu vivi até hoje quando precisava de uma vaga pra parar o carro, errei a entrada e fiz o trajeto de trânsito lentíssimo DUAS VEZES.
Eu vivi naquele dia que o dinheiro da passagem acabou e voltamos do pedágio a pé e na chuva, já que desgraça pouca é bobagem. Inclusive esta é uma de minhas melhores memórias.
Não estou pedindo que a vida tivesse sido diferente comigo, embora eu por vezes quisesse, quisesse de verdade, não estou pedindo. 
Acordei me achando um tanto sortuda. 
Não só por não precisar seguir alguma receita que certamente daria errado e me frustar mais tarde. As frustrações serão e foram outras.
Acredito que também não devemos pensar que se alguém está pior, daí sim temos motivos pra sorrir, não precisamos estar melhores que ninguém além de nós mesmos.
 Compare-se a você.
Sejamos nós os melhores em alguma coisa, principalmente porque queremos, ou não queremos a droga da tal felicidade? 
Estou no hospital esperando minha avó voltar, estacionei super longe, não faço ideia do que fazer pra levá-la medicada até lá, mas eu dou um jeito. 
As pessoas do elevador daqui sorriem mais que as do shopping.
Sei que pedi para não compararmos mais nada e blablablá. 
O caso é que soou irônico, não? 
Mas vamos falar de ironias e contradições outro dia.

sábado, 8 de fevereiro de 2014

A base da cadeia alimentar

O garoto negro, é sempre bom constatar que ele é negro, que mocinho é negro? Porque ele poderia ser branco, mas é negro, como o resto da minha família, negra. Cresceu numa viela, o primo mais velho já havia se envolvido com drogas, os vizinhos muito provavelmente. Não é como se a gente generalizasse as coisas, é apenas porque as condições dali são mais favoráveis, ou mais acusáveis e julgáveis, a adolescência é sempre o alvo de envolvimento com drogas, o caso é que o mundo anda drogado, sem distinção etária. Além disso, a maior parte, se não toda a parte, dos "maconheiros" que conheço vem de bairro nobre e de condomínios fechados. Só que hoje vamos falar da periferia, é ela que importa, toda coisa ruim do mundo sai de lá. Não ousaria dizer o contrário. Então ele que ainda estava ali, na periferia sendo periférico e negro, sendo pobre e involuntariamente vendo o mundo, o mundo como é, viu que aos 16 não deveria fumar maconha, mas engolí-la. Deveria ler cartazes dizendo NÃO à violência. Dizer não à violência me parece  um tanto fácil para quem está acostumado em recêbe-lo. E diante ao cartaz devia apanhar de quem não o criou, nem lhe deu algum exemplo, inclusive, bons exemplos ele teve. Os bons exemplos estavam em casa, os maus eram pagos justamente com o suor dos bons, os filhos dos bons apanhavam dos maus. Onde é que está o equilíbrio? Não é como se eu estivesse pedindo uma ação ultra direitos humanos, apenas não estou concordando com essa ação nada direitos humanos. Não é um caso de juventude perdida, nem polícia perdida, nem de esperança perdida, é uma caso de índole e nesse mundo de meu Deus, são 7 bi e em meio a 7 bi de habitantes vamos encontrar de tudo, de todo tipo, da corrupção à honestidade, carnívoros e vegetarianos, heterossexuais e homossexuais, brancos e coloridos, ricos e pobres, usuários ou não de drogas, jovens e idosos, homens e mulheres. Estamos todos dividindo o mesmo espaço. Um aglomerado de gente sempre será um aglomerado de gente. Foi assim em junho do ano passado e nos rolezinhos deste. Algumas coisas a gente aceita, outras a gente finge, o que não dá é pra fechar os olhos e dizer que está tudo bem em forçar um adolescente a engolir maconha e o assistir ser espancado. Esse é um preço, e um dos mais baixos, a ser pago por estar na base da cadeia alimentar. Já entendemos a diversidade das coisas, estou precisando de ajuda para entender isso. Esse processo ilógico, a mesma polícia que aceita dinheiro pra que a boca continue em normal funcionamento é a aquela que humilha a juventude pobre e quase sempre negra por ceder às tentações mundanas ?