segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Sem teatro VII

Eu estou triste e parece que eu estou gostando disso, dessa coisa ruim que é estar triste.
Eu fico remoendo tudo o que vivemos nessa curta história de verão e isso tem atacado meu corpo, então eu fico fraca, sinto dores no estomago e nenhuma vontade de comer.
Eu que não ouse pensar em você depois que meu prato está feito.
Você tem estragado meus restaurantes prediletos.
Não posso ver um carro igual ao seu na rua, você sabia que são vários?
Eu devo estar doente, mas você não me manda mais ir ao médico.
Nem me dá boa noite todos os dias, não sou mais sua princesa e ninguém me dará a mão, sabe-se lá por quanto tempo.
Eu pensei que tinha dado sorte, tenho pensado sempre que dei sorte, mas é só azar.
Um azar atrás do outro.
Eu só tenho pensado bobagens.
Preciso voltar a estudar e trabalhar, meu lugar predileto tem sido minha cama, onde sinto todas essas dores horríveis.
Tenho plena consciência de que você não entende as proporções.
Viver tá virando coisa de peixe grande.
Por que você me tirou de minha armadura?
Eu estava me virando.
Se não pretendia ficar, não deveria ter vindo.
As especulações tem me devastado.
Pode ser que quando eu levantar daqui tudo isso passe, mas eu acho que não.

Por que?

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