segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Ela.

Ela é exóticamente bonita. 
Tem um tom de pele um tanto atípico e uma maneira de se portar mais ainda. 
E é por isso que eu gosto tanto dela. 
Dias desses, antes de tomar banho percebeu que as estrias estão aumentando, não lhe causou felicidades, mas já que estavam lá.
Eu gosto desse jeito sério que ela leva a vida sem espaços pra piadas de humor negro. 
Ela fala muito, mas nem sempre isso é ruim. Ela só precisa de mais espaço pra dizer o que sente sempre, essa necessidade de externar suas opiniões a mantêm vida. 
O olhar dela também é diferente, combina com o nariz grande.
Ela não está sempre certa, mas prefere acreditar que sim. 
Ela se gosta mesmo, até quando não parece. 
Ela se veste bem e se esforça pra pagar pouco por isso.
Ela só vive perdida, porque ama seu chinelo de couro, mas não vê a hora de fazer mais calos com o salto novo. 
Ela acha que não precisa escolher uma coisa só. 
Da muito bem pra ser fã de The Vampire Diaries e discutir sobre cotas com a mesma pessoa, que no caso é ela.
Ela já puxou sua ficha.
Ela se sente por vezes magra demais, tem medo de a acharem burra, principalmente porque se esforça para não ser. 
Ela é excepcionalmente bagunceira, mais que os irmãos, também não sabe cozinhar e nem pretende aprender.
Ela se sente só, porém, apesar disso, aprendeu na marra, decorrer do ano, a gostar si e tentar mudar o que nem ela gosta.
Hoje ela acordou feliz pelo que é agora, se sentindo apaixonável. 
Ela sou eu e chega de achar que não dá pra gostar de mim. Só por eu gostar tanto de você. Pode apostar que dá.
É claro que eu te mereço.
A gente se merece e se gosta, não está bom? Mas ela, lembra dela? 
Essa menina reclama demais.

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