sexta-feira, 19 de julho de 2013

Vargem Grande Paulista, 6 de julho de 2013 (1:37 da manhã)

Vocativo,

Uma professora de artes no primeiro ano do colegial me disse que quando a ideia vem precisamos registrá-la ou esta se vai, não porque a esquecemos, mas porque ela se altera. Amanhã vou de zumbi à aula de cfc e a culpa é sua por não me deixar dormir. 
Sim, estou precisando do meu tempo, mas ele vai demorar muito a passar. Esta carta não é para pedir que me espere, é para te agradecer.
Sabe, pouca gente se importa com o que tenho a dizer e quase ninguém sabe o que eu penso mesmo.
Obrigada por isso.
E eu gosto de você.
Ahh, desculpe a falta de zelo, esta folha é de um caderno dos anos passados, essa caneta veio da Disney, presente da chefe, e foram as primeiras coisas que encontrei.
De vez em quando, quando penso em você como possibilidade, peço para que seja gay logo de uma vez, é que se fosse não seríamos possibilidade. Relacionamentos acabam frequentemente, boas amizades não. Eu não queria ir ao cinema e "agradeci" a cada compromisso que apareceu porque não queria estragar esse "sei lá o que" que temos. Tem me feito um bem danado.
E eu não estou mais miserável, passou faz tempo.
A sua voz é muito bonita, sua letra nem tanto, quanto ao último fator estamos quites. (hi, five!)

Beijos, Eu.

P.S.1: Me deixe dormir agora.
P.S.2: Eu passei a limpo, ainda é folha de caderno.
P.S.3: A caneta mudou, agora é azul e da China, não que a outra não fosse. 
P.S.4: Espero não te ofender com nada que disse, viva la espontaneidade.
P.S.5: Mas quantos pê-éssis não é mesmo?
P.S.6: Pode isso?
P.S.7: Foda-se, tenho licença poética.
P.S.8: Agora é sério, tchau !

Um comentário:

  1. Um dia desses,
    num desses encontros casuais,
    talvez a gente se encontre, talvez a gente encontra explicações.

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