terça-feira, 3 de setembro de 2013

O palestrante.

Ele dizia: " Nós estamos falando de bilhões "
E eu pensava: " Será que ele acredita que eu entendo bem qual a diferença? "

E pensei mais coisas, pensei, por exemplo, em quanto a mim números não fazem sentido.
O discurso é sempre: " Não sei quantos por cento fazem isso e não sei quantos por cento aquilo ..."
Pra ser sincera, tenho problemas com estatísticas e por hora não me refiro à componente da minha grade curricular na faculdade, que comigo vive em relação de desamor.
É que costumo ler aquelas placas da prefeitura falando do valor gasto em reformas como: "Muito dinheiro público gasto nessa obra e muito desvio nas notas fiscais com certeza, porque não consigo enxergar tanto investimento nisso aí."
E aquelas outras na frente das empresas que dizem quantos dias estão sem acidentes, normalmente me informam: "Há muitos dias ninguém se machuca."
Não memorizo números, nem datas.
Essas coisas só me impressionam e apressadamente as esqueço.
Na verdade, não me importo muito com números, principalmente com os que não me interessam diretamente, aqueles não se referem à minha conta bancária sempre vazia, apenas reconheço sua importância e é só.
Quando as pessoas me dizem pela manhã o quanto a Apple faturou esse ano ou quanto o Eike Baptista perdeu de sua enorme fortuna, eu me impressiono. À tarde, sou incapaz de citar quaisquer valores em uma conversa.
Do palestrante, absorvi que, além de ser premissa básica de adulto descolado brincar que suas mulheres batem neles, estou fazendo uma graduação diretamente ligada aos números dos outros e que para o bem da minha integridade mental, preciso continuar estudando, pra que eu possa fazer o que eu sempre quis que é dar aulas e aí só me importar com os meus números ou os números que verdadeiramente me interessam.

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