domingo, 2 de outubro de 2011

Terapia

É preciso dividir, expressar, jogar tudo fora, aquilo que faz e não bem.
É preciso espalhar, só não lhe é preciso proferir.
É sensato sentar na areia, que dependendo de onde for vai estar cheia de canudos, mas por este instante esqueçamos a humanidade, veja toda aquela imensidão de água que não se consegue achar o fim.
Talvez o fim nem exista, o que existe é uma trança surpreendente, onde as histórias se entrelaçam, onde uma só está para complementar a outra.
Visto toda aquela imensidão, feche os olhos, e perceba que és pequeno demais pra se revoltar contra tudo aquilo, alegra-te em viver, acalme-se, espera pra ver até onde esta trança leva, conforta-se, não estamos aqui pra saber de tudo, nem se rebelar pra tudo, abra os olhos e agora veja as crianças se lambuzando de areia , fazendo montinhos para nomeá-los castelos, multicolores por conta do protetor solar, os consumidores de cerveja, os surfistas, vendedores de sorvetes, cangas, óculos ...
Aquilo tudo pode deixar de ser comum se você quiser. é só perder essa visão superficial, levanta-te e corra o mais rápido que puder ao mar, banhe-se, renove-se. E então volte grudento do mar para sua casa de cimento.

Nenhum comentário:

Postar um comentário