sábado, 25 de maio de 2013

Projeção.

Foi com os meus fones de ouvido e aquele livro repetido que encarei a viagem.
Foi com seu cabelo bagunçado que lá naquele lugar me buscou.
E a gente nem sabia o que fazer.
Eu não sabia se soltava minhas malas ou se as carregava.
Meu coturno marrom combinava com aquilo, meu shorts rasgado também e estava certo.
Não era bem sobre a minha roupa a maior aflição.
E eu só percebi quando já estava lá.
Havia um roteiro, você não sabia?
Pois devia.
A direção não era boa, e a autoria, bem, sugestiva e inverossímil.
A plateia, agora sem acento, assentada, aplaudia com os olhos.
E aquilo era um nós, o que estava dentro do meu travesseiro.
Enquanto eu quase dormia ou quase acordava.

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