terça-feira, 2 de agosto de 2011

Desse mundo ...

Eu não espero melhoras, na verdade quase que não espero nada.
Eu só peço.
Peço pra jamais morra o meu eu , quem eu sou, ainda que não seja nada, ou nada pra ninguém.
Eu quero nunca perder a vontade de brincar, de emburrecer.
Eu quero tanta coisa.
Quero errar também.
Sou feita de erros, esses me levam longe, meu acertos me fixam aqui e somente aqui.
Eu queria tanto saber o que vem depois, queria mesmo, eu quero o depois, só que ele me demora muito, me corroe muito.
Eu quero também não ser só, quero sempre ter muita gente ao meu redor, pra me fazer rir, rir de nada, rir por nada, quero passar por todos os meus ciclos, sem pular nenhum.
Eu quero poder esquecer a tristeza , ela vem, mas só fica se a gente permitir.
Eu quero também resolver , e separar amor de doença.
Eu quero me descobrir, me reinventar.
Quero navegar em águas virgens.
Pegar um ônibus pra um destino distante, só pra ver como é chegar lá, em algum lugar, sabe-se lá onde fica lá, lá é longe.
Tão longe que faz medo chegar .
Eu não quero chegar lá.
Tem dias que não me dá vontade de chegar a lugar algum, vontade de não levantar, vontade de não amadurecer.
Quando fui criança eu acreditava em tudo, não me lembro de crescer quase nada e olhe só, no que mesmo acredito ?
Ai mundo, não quero que você melhore não, aliás eu quero, só não espero.
Por favor me iluda!
Me faça acreditar!
Você sendo sério e tão real está chato, me traz de volta.
De volta pra quando eu podia ser só eu , sem a ajuda de ninguém.

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